A cantora e ex-jurada do X Factor tem alguns pedidos de desculpas que gostaria de fazer. De Dalai Lama, a Michael Jackson, até às outras Pussycat Dolls...descubram porquê nesta entrevista de Nicole ao Daily Mail publicada este sábado, 20 de Dezembro. Qual é a tua lembrança mais antiga? Eu devia ter uns 2 anos e lembro-me de estar no Midwest a ver a minha mãe e a sua família a fazer espectáculos polinésios. A minha mãe dançava e fazia hula-hoop, e a minha avó cantava. Dez dos elementos faziam parte da família da minha mãe e cada um tinha o seu papel. |
Era tímida, desajeitada e magricela. Era a única menina morena na minha escola no Kentucky e tinha um aspecto diferente de todos os outros, por isso implicavam comigo. A minha alcunha era Cry Baby [Bebé Chorão] - eu chorava todos os dias. As pessoas não achavam que eu fosse bonita e definitivamente eu não era do tipo cheerleader. Tínhamos muito pouco dinheiro na altura. A minha mãe teve-me quando tinha 17 anos e começou por criar-me sozinha. As minhas roupas vinham das lojas de artigos em segunda mão e comíamos mistura para panquecas e noodles ao longo do ano porque eram as coisas mais baratas para comprar.
Qual a pior coisa que alguém já te disse?
Não foi algo que foi dito, mas algo que foi feito. Quando fui para a faculdade para estudar teatro fui vítima de bullying e passei por um período realmente difícil. Tentei arduamente que as pessoas gostassem de mim. Na altura estavam a ser-me atribuídos diversos papeis principais, e durante as aulas de representação havia um momento em que cada aluno era aplaudido pela turma pelo seu trabalho e desempenho do seu papel - excepto eu, que nunca era aplaudida. O silêncio era ensurdecedor. Isso causava-me pânico e significava ter pavor de todos os públicos em frente aos quais tinha que representar. Toda essa experiência roubou-me a alegria.
E qual a tua maior decepção?
Entre os 18 e os 30 e poucos anos sofri de bulimia. Estava relacionada com a minha baixa auto-estima e a minha falta de confiança incapacitante. Levou muito tempo até que conseguisse lidar com estas questões e sinto-me muito irritada por ter deixado que a doença me dominasse.
Qual o pior traço da tua personalidade?
Estou sempre atrasada. Perco as coisas mais importantes. Recentemente em Los Angeles era suposto encontrar-me com o Dalai Lama - íamos sentar-nos e conversar um com o outro - e até descobri que ele oferece um lenço especial nestes encontros. Mas perdi isso. Cheguei lá para ouvi-lo falar e acabei apenas por vê-lo brevemente no hall, e não fiz a minha audiência com ele. Fiquei tão zangada comigo mesma - mas ando sempre atrasada.
Com quem seria o teu jantar de sonho?
Bem, se o Dalai Lama me pudesse perdoar, seria com ele. Ele e Que tipo de criança eras?Will Ferrell. Comeríamos comida mexicana, beberíamos margaritas, e riríamos.
De que é que tens medo?
Do Exorcista. Quando tinha 14 anos vi o filme acompanhada de todos os meus primos, e enquanto eles estavam sentados a rir e na brincadeira eu estava completamente apavorada. Só lembrar-me disso ainda me assusta. Nunca mais vi um filme de terror desde então.
Descreve a melhor noite da tua vida.
Quando comecei a namorar com o Lewis fui pela primeira vez a uma corrida de F1, o Grande Prémio de Monte Carlo. O Lewis teve um acidente durante a corrida, recuperou e ganhou. Foi incrível. Passámos o resto na noite a dançar no iate de um amigo, do outro lado da baía desta cidade de conto de fadas. Nunca vou esquecer isso.
Qual o teu maior arrependimento?
No ano antes do Michael Jackson morrer, o Will.i.am telefonou-me e convidou-me para ir ao seu estúdio porque o Michael estava lá e disse que queria conhecer-me. Eu estava no meio dos ensaios para os American Music Awards, que aconteciam no dia seguinte. Ainda não tinha acertado com os meus vocais e sou tão perfeccionista que não conseguia suportar a ideia de deixar os ensaios até dominar o que estava a fazer. Agora nem acredito que o fiz, mas disse ao Will que não podia ir. Eu descartei o Michael Jackson!
A quem gostarias de pedir desculpas?
Aos outros membros das Pussycat Dolls. Houve muitos momentos quando estava com elas em que estava distante e retraída. Nunca me abri com elas para falar dos meus problemas e afastava-me - e afastava-as - porque estava a lutar contra esta doença horrível e secreta, a bulimia.
Qual foi o momento mais embaraçoso pelo qual passaste?
Tive tantos, mas o pior foi quando era adolescente. Estava na praia, mergulhei do cimo de uma rocha, e a parte de cima do meu biquíni saiu mesmo em frente ao rapaz que eu gostava. Ele veio a nadar até mim e trouxe-o. Estava mortificada.
Conta-nos um segredo sobre ti.
Consigo beber tanto como a maioria dos homens. Tenho sangue ucraniano e consigo aguentar a bebida. Fiz alguns dos meus melhores espectáculos com as piores ressacas.
Qual a ultima vez que te sentiste realmente feliz.
Ao começar o meu papel em Cats. No momento de cantar ‘If you touch me, you’ll understand what happiness is’ durante a música Memory não me senti apenas feliz, senti-me em casa e livre ao cantar no palco.
Com o quê ou com quem é que sonhas?
Antes de cada grande espectáculo tenho pesadelos sobre esquecer-me das letras ou não saber a coreografia e ficar exposta em frente a milhões de pessoas.
Fonte: http://www.dailymail.co.uk
Tradução/adaptação de autoria de Nicole Scherzinger Fans - Portugal