"Estive à espera do momento, um momento forte para finalmente lançar um álbum aqui nos Estados Unidos. As pessoas não se apercebem que eu ainda não lancei um álbum, lancei algumas música aqui, mas ainda não lancei um álbum. Acho que foi importante para mim aparecer com algo que é realmente autêntico relativamente a quem sou enquanto artista e enquanto pessoa, algo com que os fãs serão capazes de se identificar."
Nicole foi levada às lágrimas enquanto gravava o primeiro single lançado nos Estados Unidos, a crua e vulnerável balada Run. "A música é profundamente pessoal para mim e mostra outra faceta de mim, um lado vulnerável que normalmente as pessoas não conseguem ver, um lado mais cru, mais autêntico. Acho que quando as pessoas ouvirem a música vão conhecer-me melhor. Acho que a gravei em 3 takes, e quando ouvirem o álbum provavelmente vão ouvir o meu ranho e aperceber-se que a minha voz está um pouco mais nasalada que o costume porque estive a chorar durante todo o processo (risos). Não quis pensar muito sobre isso, queria que saísse do meu coração, da minha alma, das minhas entranhas."
O vídeo será dado a conhecer brevemente. "Gravei o vídeo em Londres a semana passada, e provavelmente não será o que as pessoas estão à espera. Queria despir-me de artifícios e basicamente é uma performance corrida numa única cena, que inclui algumas partes em que estou realmente a cantar ao vivo. Será muito simples, apenas eu a cantar."
O título Big Fat Lie tem multiplos significados. "O álbum deve o seu nome à música Big Fat Lie. Fui ter com o The-Dream e disse-lhe 'Acho que ainda não partilhei toda a minha história contigo, e esta é uma grande parte da minha vida, foi o que me ajudou a chegar aqui, embora não goste de falar nisso.' A música é sobre algumas lutas pessoais, coisas com as quais tive que lidar. Apercebi-me que quando me abro sobre algumas lutas, tenho a capacidade de ser uma voz e de ajudar outras pessoas a terem coragem de lutar qualquer que seja a situação pela qual estão a passar. Por isso fizemos a Big Fat Lie, que é também o título do álbum por diversas razões. Em primeiro lugar, há uma série de equívocos sobre mim. Porque para as outras pessoas as coisas são sempre o que aparentam ser, não é? Outra razão são as grandes mentiras que acho que contamos a nós próprios de vez em quando. Não importa se é em casa, interiormente, num relacionamento...todos temos as nossas lutas e inseguranças e problemas. Eu sei que tenho o meu quinhão e muitas pessoas sentem que não se conseguem identificar comigo, mas o que não se apercebem é que eu consigo identificar-me com elas."
Nicole espera que o álbum seja bem recebido "Quero apenas que as pessoas se consigam identificar com a minha música. Adoraria que me conhecessem mais através da minha música, o que nem sempre é fácil num grupo onde há cinco mulheres diferentes. Embora eu tenha sido abençoada por ter feito a produção executiva dos álbuns e ter tido um grande papel, quando não se é uma artista a solo as pessoas não te conhecem intimamente enquanto artista. Por isso esta é a minha oportunidade de fazer isso. Estou tão apaixonada pelo álbum e trabalhei tão arduamente, por isso significaria muito que as pessoas conseguissem ver o coração e a alma que coloquei na minha música. O meu sonho é levar a música para palco, numa tour, para que as pessoas a possam experimentar e sentir, e passar por todas as emoções pelas quais eu passei. Significaria muito regressar a casa e ter toda a gente a sentir e a relacionar-se e amar o álbum e a música."
A segunda parte da entrevista será divulgada na próxima semana.
Tradução/adaptação de autoria de Nicole Scherzinger Fans - Portugal