Nicole: Olá a todos! Isto está deslumbrante aqui, estamos em Novembro, o meu braço está como se estivéssemos no verão.
Chelsea: Big Fat Lie. Estou tão entusiasmada por ti. O álbum está quase a sair. As pessoas nem sabem que este é o teu álbum de estreia nos Estados Unidos.
Nicole: Sim é o meu álbum de estreia nos Estados Unidos. É tão entusiasmante. Passaram muitos anos. Sou uma perfeccionista, quero que as coisas fiquem bem, e tudo tem o seu tempo. E agora chegou finalmente o momento.
Chelsea: Os fãs estão prontos. O que será mais entusiasmante de ouvir neste álbum?
Nicole: Tudo. Todo o álbum. É a primeira vez que trabalho com uma equipa de um produtor-escritor, por isso é um trabalho com corpo. É uma colecção de peças. O reflexo de muitos lados de mim. Mas é simplesmente honesto, os fãs vão poder conhecer-me através da minha música. As pessoas que se estão a sentir bem podem ouvir a música, mas as pessoas que estão a passar por períodos difíceis, por problemas em relacionamentos, que estejam a sentir-se em baixo vão conseguir relacionar-se com a música, vai inspirá-las e encorajá-las.
Chelsea: O single Run, é uma música tão crua e vulnerável. De que é que se trata, porque é que querias que fosse o primeiro single aqui?
Nicole: É honesta. E acho que hoje em dia é isso que faz as pessoas identificarem-se com um artista, a honestidade. Acho que a música é muito dada a isso, embora seja vulnerável e venha de um lugar partido, muitas pessoas conseguirão encontrar força nela. Fugir dos medos, do que nos retém, de maus relacionamentos e correr para o futuro, correr para a positividade e luz.
Chelsea: Como é para ti, enquanto artista, lançar algo assim? É quase como se estivesses a mostrar o teu diário aos fãs. Ficas nervosa com isso?
Nicole: Não, sabe bem, porque o processo de fazer o álbum foi catártico. As músicas que fiz com o The Dream e o Tricky Stewart foram feitas artesanalmente, feitas para mim. E quando se é genuíno e autentico não tem que se ter medo. Quando quando as coisas não são reais, são fabricadas e não reflectem o teu eu, é que se fica hesitante tipo "espero que as pessoas gostem", e eu não me sinto dessa forma.
Chelsea: Há algum momento do processo de criação deste álbum que seja especial e possas partilhar connosco?
Nicole: A forma como começámos. Foi num estúdio caseiro, e adorei porque senti como se estivesse em família. Andava descalça, ia fazer as minhas coisas no andar de cima, os rapazes ficavam a fazer as coisas deles no andar de baixo, tínhamos as pessoas certas a rodear-nos. Foi como estar em família, senti-me em casa. Foi como um lugar seguro para criar um som para mim, e estou muito grata por isso.
Chelsea: Electric Blue é provavelmente uma das minhas favoritas, soa muito a Prince e Janet Jackson.
Nicole: Foi definitivamente influenciada por eles.
Chelsea: E Big Fat Lie, porquê esse título para o álbum?
Nicole: Dei-lhe o título de uma das músicas, Big Fat Lie, que é um olhar sobre algumas lutas pessoais que tive no passado e a forma como as ultrapassei. E espero inspirar outras pessoas e ser uma voz para outros que estejam a lidar com os seus próprios problemas, seja eles quais forem. As coisas nem sempre são o que parecem, e às vezes as maiores mentiras são as que dizemos a nós próprios, temos vozes más na nossa mente às vezes. Perceber que essas coisas não são verdade ajuda-nos a aproximar da aceitação e da paz.
Chelsea: Estás nesta industria há tanto tempo, se pudesses voltar atrás, que conselho darias à jovem Nicole, sabendo o que sabes agora?
Nicole: Run! Estou a brincar. Felizmente tive uma óptima mãe que sempre me ajudou a manter os pés no chão e sempre me disse para não me comprometer, para ser simplesmente eu própria. Esqueçam o ser importante, trabalhem o vosso ofício, a vossa paixão, trabalhem o que têm no vosso coração e alma, expressem-se, façam-no à vossa maneira. Conheci um homem que me inspirou muito, o nome dele é Todrick, e nunca se pensaria que ele teria uma hipótese, mas ele decidiu fazer algo muito próprio, e ninguém o conseguiu parar, ele nem sequer precisava de dinheiro, fazia-o de graça, e as pessoas adoravam, e agora tem o seu próprio programa na MTV. Sejam vocês próprios, e não deixem que ninguém vos diga que não podem/conseguem fazer algo.
Chelsea: Trabalhaste com tantos músicos talentosos, qual foi o melhor conselho que recebeste de alguém, algo que te disseram que se destaque?
Nicole: Quando o Pharrell estava a trabalhar na música Happy, fui ter com ele porque sou sua amiga e disse-lhe "Estou tão orgulhosa de ti, porque adoro a mensagem implícita em tudo o que fazes, e nunca desististe, és uma grande inspiração" e ele disse-me "Nicole, tu consegues fazer 10 vezes mais com essa voz" e isso teve muito significado para mim, deu-me muita força. Façam aquilo que reflecte o que vocês são, a vossa força, a vossa paixão.
Chelsea: Vais ser protagonista do musical Cats, motivo pelo qual te estás a mudar para Londres. Tens um passado relacionado com o teatro não é?
Nicole: Estudei teatro, teatro musical e música, por isso sim, um passado muito ligado ao teatro. É a minha paixão, adoro o palco. Falando de forma egoísta, aceitei para saciar esse meu lado artístico e tentar criar alguma magia. E é uma oportunidade única na vida. Tenho a oportunidade de trabalhar com Andrew Lloyd Webber, Trevor Nunn, Gillian, a coreografa original do Cats, e vou reinventar e criar a minha própria Grizabella, e é isso que estou entusiasmada por fazer.
Chelsea: Tu és de certa forma responsável por criar os One Direction. Sentes-te orgulhosa por isso? Porque é uma loucura ao redor desta banda neste momento.
Nicole: Basicamente sou responsável por criar os One Direction. Sim estou orgulhosa, e também adoraria receber uma pequena percentagem, ficaria ainda mais orgulhosa se estivessem a retribuir. Não, estou feliz por eles, é incrível. Mas não adoro ir ao Wallmart comprar coisas dos One Direction para as minhas sobrinhas. Gosto disso? Não.
Chelsea: Deviam fornecer-te isso Nicole! É bizarro pensar como os conheceste?
Nicole: É bizarro! Quando fizeram a audição eram 5 rapazes em separado, e eu disse para os colocarmos num grupo, porque não havia muitas boy bands no momento e seriam um sucesso inegável junto das meninas
Chelsea: Há vários grupos a voltarem a reunir-se, como os Backstreet Boys. Alguma vez as Pussycat Dolls farão uma reunião?
Nicole: Adoraria fazer uma reunião com as Dolls. Mas tudo tem o seu tempo como já disse anteriormente. Se acontecesse iríamos arrasar.
Chelsea: É estranho ver as novas girl bands que andam por aí? É muito diferente do vosso tempo?
Nicole: É bom, mas acho que ninguém pode tocar nas Dolls.
Chelsea: Concordo.
Nicole: Ver o filme.
Chelsea: Canção preferida para cantar no duche?
Nicole: "You're just too good to be true, I can't take my eyes off of you"...não sei, foi a primeira que me veio à cabeça. Quando estou no duche é qualquer coisa de que me lembre.
Chelsea: A primeira paixão por uma celebridade?
Nicole: Jonathan, do grupo New Kids On The Block.
Chelsea: A obsessão mais nerd?
Nicole: Napoleon Dynamite.
Chelsea: One Direction ou Insane?
Nicole: Insane, porque andam por cá há mais tempo. Mas os One Direction chegarão lá.
Chelsea: Andaste em tournée com eles.
Nicole: Andei, com as Eden's Crush. Bons tempos.
Chelsea: Vídeo favorito das Pussycat Dolls?
Nicole: Don't Cha. Porque foi o nosso primeiro e não sabíamos muito bem o que estávamos a fazer.
Chelsea: O momento mais embaraçoso?
Nicole: Cuspi para cima de ti quando estava a falar, foi um pouco estranho.
Chelsea: O bem mais apreciado?
Nicole: As jóias havaianas que a minha família me deu.
Chelsea: A coisa que menos gostas que as pessoas façam?
Nicole: Pessoas que fumam e deitam os cigarros para o chão. E também não gosto quando vou fazer uma massagem e ficam apenas a esfregar óleo delicadamente, é um desperdício de tempo.
Chelsea: Talento secreto?
Nicole: Consigo fazer a espargata ao lado de uma parede.
Chelsea: A tendência de moda mais embaraçosa a que já aderiste?
Nicole: Tudo o que usei nas Eden's Crush.
Movimentos de dança?
Nicole: MC Hammer. Ou Dagin. Ou Nay Nay.
Porque é que todos deveriam ir comprar Run no iTunes neste exacto momento?
Nicole: Porque não é parecido com nada que tenham ouvido, e vai relacionar-se com vocês em níveis que nem sabiam ser possível. Podem chorar, mas por uma boa razão. E é real. É música real. Música que cura, e que dá vida, que dá força e poder e coragem.
Vídeo: HollywireTV
Tradução/adaptação de autoria de Nicole Scherzinger Fans - Portugal