Bem-vindos! Eu sou a Whitney Lane, e eu sou o Jason Ikeler, e este é o Spotlight On Nicole Scherzinger da AfterBuzzTV. Devem conhecê-la através da sua fantástica carreira a solo, vendeu milhões de álbuns com as Pussycat Dolls, foi jurada do X Factor, e vencedora do Dancing with the Stars. E vamos falar com ela agora mesmo! Obrigada por te juntares a nós! Nicole: Muito obrigada por me receberem. |
Jason: Tenho que dizer isto, não estou a querer dar-te graxa, mas estou obcecado com a música Run. É tão boa. Estava com o meu irmão quando a ouvi a primeira vez e foi tipo "dá-me um segundo, estou arrepiado".
Nicole: Então tem o "factor arrepios"?
Whitney: Tem o factor arrepios, o que é muito importante. É incrível. Tão vulnerável e aberta, é o que a torna tão boa de ouvir.
Nicole: Sim, normalmente as pessoas não têm oportunidade de ver esse meu lado, ainda não tinham visto isso na minha música, por isso estou entusiasmada com o lançamento deste single e do álbum, terão a oportunidade de me conhecer muito mais.
Whitney: Como é escrever estas músicas tão pessoais e sinceras?
Nicole: Eu não escrevi Run, foram os meus amigos Julia, Justin e Felix que fizeram essa música, mas assim que a ouvi derreteu o meu coração e identifiquei-me com ela instantaneamente, transportei-a para a minha vida e fiz a minha gravação. É um pouco assustador, porque é reveladora. É como deixar as pessoas olharem de forma microscópica para os pequenos fragmentos do teu coração. Mas também é catártico, é terapeutico colocar tudo isto na música.
Jason: O que mais gosto é que não soa nada igual às outras coisas que andam a passar na rádio neste momento. Foi intencional? Seres só tu e a tua voz? Era isso que querias que as pessoas ouvissem primeiro?
Nicole: Eu não tinha a certeza de que lançaríamos esta música como primeiro single aqui, porque é bastante vulnerável. Mas estamos nesta época do ano, e é uma música muito honesta. Ainda não lancei nenhum álbum nos Estados Unidos, e tem que ser o mais honesto possível, verdadeiro, para que as pessoas me conheçam enquanto artista, se interessem e se voltem a ligar a mim. Por isso aqui está.
Whitney: É isso que é tão importante na música, a ligação com o público que a ouve, e é isso que esta canção faz.
Nicole: É por isso que as pessoas adoram Adele e Sam Smith.
Whitney: Queremos fazer-te algumas perguntas engraçadas. E já ouvimos o sotaque a aparecer anteriormente. Cresceste no Kentucky. Tens alguma expressão do sul que costumes usas?
Nicole: "Yah". É tão estranho, porque quando nós dizemos, para nós é normal e não nos apercebemos que as outras pessoas não dizem.
Whitney: E um prazer culpado? Como um mau reality show ou algo do género?
Nicole: Ah, pensei que ia ser um prazer sulista, ia dizer Kentucky Hot Brown e Bourbon. Eu não vejo televisão. Batatas fritas.
Jason: O que é que cantas quando estás no duche?
Nicole: O que me vier à cabeça. Canto opera. Canto Lauryn Hill. O que me vier à cabeça.
Whitney: Qual é o teu lugar feliz? É quando estás no palco?
Nicole: Estou mais em paz quando estou no palco, porque sei que estou a cumprir o meu propósito. Mas quando falaste em lugar feliz a primeira coisa em que pensei foi quando estou a brincar com as minhas sobrinhas. As crianças despertam a minha criança interior, e as minhas sobrinhas são um máximo, são malucas.
Jason: Falando em estar em palco, quero falar sobre quando começaste na música. Conhecemos a carreira a solo, conhecemos a fase das Pussycat Dolls, mas quando é que começaste a cantar?
Nicole: Tinha provavelmente uns 5 anos e ouvi a música Greatest Love of All da Whitney Houston, e apaixonei-me, a voz dela tomou conta de mim.
Whitney: Foi nesse momento que percebeste que estavas destinada a ser cantora?
Nicole: Acho que sim. Sabia que a voz dela me tinha tocado e tentava cantar como ela - e a minha voz não soava como a dela com aquela idade, obviamente - tive de crescer e perceber a minha voz e ganhar confiança. Era muito tímida e estranha enquanto criança, e a música foi a minha forma de comunicar. E ainda é hoje em dia. Quando me oiço falar parece só 'wawawawa'. Estive a fazer uma sessão acústica, e um dos meus amigos disse "eu podia ficar a ouvir isto o dia inteiro em vez de te ouvir falar em entrevistas". Eu também preferiria cantar o dia inteiro, penso que é a melhor forma de comunicar.
Jason: Sempre quiseste fazer música pop? Sei que estudaste teatro musical...
Nicole: Não! Quero dizer, eu adoro música pop obviamente, mas não é a música que compro. Eu pensei que fosse para Nova Iorque fazer espectáculos na Broadway como a maioria dos meus colegas da altura foram. A dada altura soube que queria gravar discos, mas nunca pensei cingir-me apenas ao pop.
Whitney: Mas vais voltar às raízes e integrar o elenco de Cats, em Londres. Estás entusiasmada?
Nicole: Estou a adorar o teu sotaque, de onde és?
Whitney: Da fronteira entre a Virgina e o Tennessee.
Nicole: A minha irmã vive no Tennessee, estive lá no outro dia a visitar as minhas sobrinhas. Fomos ao Circle G Ranch, onde atravessamos de carro e damos comida aos animais, foi muito divertido.
Whitney: E estás entusiasmada com a mudança para Londres?
Nicole: Sim, estou entusiasmada. O Andrew Lloyd Webber convidou-me para integrar Cats. É tão estranho sendo uma geek do teatro musical, e adorando-o enquanto crescia. Ele agora é como família.
Whitney: Já trabalhaste com ele anteriormente não já?
Nicole: Sim, na verdade ele descobriu-me. Uma noite estávamos na brincadeira, eu, ele e a família dele, a falar sobre Phantom of the Opera e foi tipo "eu consigo fazer isso" e cantei, e quando me apercebi já estava no Royal Variety. E também já cantei Don't Cry For Me Argentina. E agora convidou-me para Cats, e era impossível dizer-lhe não, é uma oportunidade única na vida. Vou fazê-lo durante 2 meses, durante a época festiva, e é uma honra poder trabalhar com o Andrew, e com o Trevor Nunn o director original, e a Gillian a coreografa original. E também estou muito entusiasmada por re-inventar a Grizabella.
Jason: Podemos ouvir um bocadinho de Memory?
Nicole: Não, ainda não ensaiei! Tenho estado tão focada no álbum, porque acabei de lançá-lo no Reino Unido, e vou lançá-lo aqui nos Estados Unidos no inicio da primavera. Mas tenho estado muito focada em Run e no resto da minha música, e isso ocupa muito espaço na minha mente, tenho que fazer uma coisa de cada vez. Para a semana mudar-me-ei para lá e darei inicio aos ensaios, e será sagrado, receberá toda a minha atenção.
Whitney: Vamos falar sobre o álbum, porque estamos obviamente muito entusiasmados com ele. Mal posso esperar. Como foi criá-lo? É o teu primeiro lançamento aqui nos Estados Unidos.
Nicole: É diferente de todos os outros álbuns que fiz. Esta foi a primeira vez que trabalhei com uma equipa de um só produtor e um escritor, o The Dream e o Tricky Stewart, e por causa disso tenho o meu próprio som. É um trabalho que é um todo, embora as músicas tenham diferentes reflexos e cores de mim. Algumas são mais vibrantes, do género das que danças num club. Outras são mais despojadas, como Run. Outras têm tudo a ver com transmitir poder às mulheres. É pop, mas não é um pop previsível, é mais pop urbano, e tem muita alma. É honesto. Estou orgulhosa dele, porque é finalmente um verdadeiro reflexo de mim e da minha música. E não soa a músicas que pudessem ser outro qualquer artista a cantar, soa a Nicole.
Jason: Há tantas coisas sobre ti na imprensa. Preocupa-te colocar tantas coisas pessoais num álbum?
Nicole: Não. Não é isso que me preocupa. O que me preocupa é lançar material do qual não gosto. Sabe muito bem ser eu própria. Quando nos vamos realmente abaixo, temos que ter coragem para nos abrir, é algo que tenho aprendido à medida que vou envelhecendo. No momento da vida em que estou agora tenho coragem para falar de coisas sobre as quais nunca falei antes, relacionamentos, a relação comigo própria, problemas que tive. Não estamos sozinhos. Mesmo as pessoas que fingem que não passam por nada disso, é apenas uma mentira, passam pelas suas próprias batalhas também.
Jason: Quando um artista faz algo assim e eu me identifico penso "ah, consigo transpor isto para a minha vida também", ao contrário de quando é apenas uma música que cantarolamos.
Whitney: É verdade, é preciso coragem para ser assim tão aberto, é isso que é tão entusiasmante, será tão bom ouvir o álbum e conhecer a Nicole.
Jason: Além de Run, se pudéssemos fazer o download de uma música neste momento, qual seria?
Nicole: Neste momento estou a sentir-me Electric Blue. Acabei de fazer um acústico e sabe tão bem, é funky, cheia de alma, faz lembrar um pouco o Prince e a Janet de antigamente.
Whitney: Falando em acústico, recebemos muitos tweets de pessoas a pedirem para perguntar se vais actuar em acústico na próxima tour ou quando apresentares o novo álbum?
Nicole: Adoraria.
Whitney: As pessoas adoram essa ideia.
Nicole: Em geral ou aqui?
Whitney: Em geral.
Nicole: Na verdade é isso que tenho feito. Quando estive em Londres experimentei fazer um pequeno espectáculo acústico com banda e adorei. Ainda há pouco também fiz uma sessão acústica. Estou a adorar. Gostaria de fazer mais.
Jason: O álbum chama-se Big Fat Lie, por isso vamos fazer-te algumas perguntas com a palavra 'lie' (mentira). Qual a primeira mentira que te lembras de contar?
Nicole: A minha mãe costumava fazer sandes de manteiga de amendoim e geleia todos os dias para o almoço, e eu não gostava delas e deitava-as fora sempre no mesmo caixote do lixo. Acho que numa semana encontraram uma pilha de sandes lá! Eu mentia, dizia que as tinha comido, mas a verdade é que não tinha.
Whitney: Uma pequena mentirinha. Consideras que pequenas mentiras inofensivas são aceitáveis, ocasionalmente?
Nicole: Neste momento parece uma mentirinha, mas olhando para trás, meti-me em muitos sarilhos por causa disso!
Jason: Qual foi a última vez que disseste uma mentira?
Nicole: Tento não mentir...às vezes tento contornar a situação, mas tento não mentir, porque sinto que é algo que regressa para nós. Tipo "ah não, não estou na cidade" e depois alguém aparece com uma foto de mim! Mas acho que de vez em quando todos dizemos mentirinhas inofensivas. Tenho tendência a exagerar, faz parte da minha personalidade, quando estou muito entusiasmada.
Whitney: Há uma razão especifica para o álbum se chamar Big Fat Lie?
Nicole: Uma das músicas chama-se Big Fat Lie, e dei o nome ao álbum através dela. E essa música refere-se a problemas pessoais que tive no passado, algumas batalhas que ultrapassei, e espero que possa servir de inspiração para que outros também ultrapassem o que quer que seja pelo qual estão a passar, condições, doenças, adições, o que for. E vejamos, as coisas nem sempre são o que parecem.
Jason: Acho que é tão poderoso quando alguém como tu, com tantos seguidores, se abre assim, porque podes ajudar tantas pessoas.
Nicole: Sim, não estamos sozinhos. Todos temos as nossas porcarias e não podemos fugir a isso. Até podemos achar que sim, mas somos apanhados. Por isso temos que enfrentar-las, e perceber que muitas das mentiras que dizemos a nós próprios não são reais. Não vou florear a situação e dizer que basta isso atingir da felicidade, mas quando estamos cientes do que não é real, do que é mentira e do que é verdade, então estamos no caminho da aceitação, e da consciência, e de mais felicidade, e sobretudo de paz, e acho que é isso que todos nós queremos, não ter medos e inseguranças.
Jason: Então o álbum Big Fat Lie sai brevemente...vais fazer uma tour?
Nicole: Eu adoraria fazer uma tour, adoro torunées.
Jason e Whitney: E nós estaremos lá! Muito obrigada por teres vindo.
Nicole: Vocês fizeram sentir-me como se estivéssemos apenas à conversa em casa. Muito bom.
Whitney: Sigam a Nicole no twitter para estarem a par do que se passa, e comprem Run, está no iTunes neste momento e o vídeo sai no VEVO a 12 de Novembro, mal podemos esperar. Muito obrigada.
Nicole: Obrigada. Vocês são tão queridos.
Tradução/adaptação de autoria de Nicole Scherzinger Fans - Portugal.